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Ruas arborizadas e a paisagem da Serra do Curral são horizontes compartilhados por todos no bairro Serra. O acesso é fácil e o comércio variado. Butiques e lojas de decoração convivem com pequenas mercearias e supermercados de grandes redes. Drogarias, padarias, lotéricas, colégios, clínicas e serviços em geral estão à disposição do consumidor, que reclama, porém, da ausência de agências bancárias.

 

Os bares e restaurantes instalados são um atrativo à parte e seduzem moradores e visitantes. Desde a década de 40, com a inauguração do Olympico Club, fundado pelos próprios moradores, e mais tarde com a implantação da unidade II do Minas Tênis Clube, em 1984, a referência de lazer no bairro Serra passou a ser intimamente ligada a esses dois clubes, conjuntamente com o Parque das Mangabeiras.

História


No entanto, não era assim. Inicialmente, o Serra foi idealizado para ser uma área de chácaras e porta de entrada para os bairros da zona sul da capital mineira. O planejamento foi diferente do feito para o restante da capital: ruas mais estreitas e quarteirões maiores, visando, principalmente, deixar muito espaço para as árvores e, claro, para as chácaras. Belo Horizonte ainda nem havia sido fundada e as primeiras árvores já haviam sido plantadas na região.


Os moradores das redondezas aproveitavam a terra propícia, já que havia um riacho que cortava o local, o córrego da Serra, de águas puras e transparentes e que serviam para abastecer as áreas mais elevadas do perímetro urbano e suburbano da cidade. Não por acaso, a região era chamada pelos belo-horizontinos da época de “Serra das Chácaras”.
Verticalização


Nos primeiros anos de BH, falava-se Serra para designar o que ficava depois da esquina da então avenida Paraúna (que, depois, ganhou o nome de Getúlio Vargas) com a Afonso Pena. Basicamente, era o entorno das ruas do Chumbo (hoje, Estevão Pinto), do Ouro, Caraça e Palmira. No fim do século 19, em edital de de 15 de julho de 1896, o poder público autorizou a venda de chácaras a particulares a preços que variavam de 100 a 150 réis o metro quadrado. Entre os compradores, o primeiro prefeito de Belo Horizonte, o advogado Adalberto Ferraz.


Na década de 50 começou a ocorrer o primeiro processo de verticalização, ainda com edifícios baixos, processo que atingiu o auge a partir da década de 70, fenômeno registrado também em outros bairros da região centro sul da capital mineira. O valor do metro quadrado dos terrenos aumentou muito e as famílias começaram a sofrer pressão para venderem suas chácaras e casas, muitas demolidas para construção de grandes edifícios.


Hoje, desse saudoso tempo, ficou o fato de que, apesar dos prédios e do crescente comércio, a Serra continua sendo um dos bairros mais arborizados de Belo Horizonte.

 

• ORIGEM DO NOME: Relaciona-se com a proximidade do bairro VILA PARIS da Serra do Curral e com o Córrego da Serra, que cortava a região antes de ser canalizado.

• OUTROS NOMES: 1ª Seção Suburbana

• ORIGEM DO BAIRRO: Parte das 1ª e 8ª seções suburbanas, o bairro foi ocupado por grandes sítios, logo nos primeiros anos de Belo Horizonte. Isso fez com qua a região ficasse conhecida por “Serra das Chácaras”. A partir da década de 1920 a área começou a ser mais povoada, com a divisão dos lotes.

• REFERÊNCIAS URBANAS DO Presente :

Colégio Sagrado Coração de Maria

• REFERÊNCIAS URBANAS DO PASSADO:

Córrego da Serra

• EXEMPLO DE DOCUMENTO DO APCBH SOBRE O BAIRRO:

Revista Semana Ilustrada, 1928 (Coleção Revistas Diversas): apresenta anúncio da Companhia Mineira de Terrenos e Construções Ltda., oferecendo lotes próximos às ruas do Ouro, Monte Alegre, Aimóres, Timbiras e à Avenida do Contorno.

 

• ORIGEM DO NOME: Há a versão de que o nome da Vila Santana do Cafezal, que batiza o bairro, deveu-se à presença de antigas plantações de café na área.

• OUTROS NOMES: Aglomerado da Serra

• ORIGEM DO BAIRRO: Apesar de possuir ocupações mais antigas, foi a partir da década de 1950 que o bairro cresceu. Vilas como a Marçola e a Conceição são mais velhas, sendo a Fazendinha e a Novo São Lucas as mais recentemente povoadas.

• REFERÊNCIAS URBANAS DO PRESENTE: Savassinha

• REFERÊNCIAS URBANAS DO PASSADO: Córrego do Cardoso

• EXEMPLO DE DOCUMENTO DO APCBH SOBRE O BAIRRO:

Documento da SEPLAN, 1980 (Fundo Secretaria Municipal Adjunta de Planejamento): foto (vista aérea) do Cafezal presente no estudo sobre o perfil populacional das favelas de Belo Horizonte.

SERRA, DAS CHÁCARAS PARA OS EDIFÍCIOS

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